sexta-feira, 18 de julho de 2014

                             AVALIAÇÃO EDUCACIONAL EM LARGA ESCALA –

          Assumindo  cada vez mais uma posição de destaque no processo educacional, são indicadores que ainda necessitam de um propósito e de metas que seja do conhecimento de todos, e quem de fato será avaliado pelo sistema; as instituições educacionais, os professores ou os alunos. Foi através do SAEB ( Sistema de Avaliação de Educação Básica) a primeira iniciativa em 1990, para conhecer os problemas de deficiência do sistema educacional, para orientar melhor as políticas governamentais voltadas para a melhoria da qualidade de ensino. Foi a partir dessa implantação que se pôde identificar os problemas do ensino através de indicadores, os fatores de desempenho dos alunos e uma larga visão dos processos de aprendizagem e as condições em que são desenvolvidas.
          Em estudo entrevistei 05 professora da Escola em que sou coordenadora pedagógico e uma supervisora.  Ficou claro diante o impacto ao perguntar a todo o grupo sobre o que é  uma avaliação em larga escala, sua metodologia, contribuição em sala de aula.  Somos um grupo de 12 professores e nenhuma soube dizer o que significa e quais os tipos. Em seguida, as  professoras  todas do ensino fundamental I do 1º ao 5º ano e do fundamental II, buscaram saber o conceito e possibilidades de contribuição no trabalho diário de sala de aula fazendo assim também a supervisora da mesma escola Maria do Socorro, que no momento fez o comentário que seriam as avaliações internas  realizadas pela escola e externas realizadas como Prova Brasil, Paic e Spaece.
          Foi possível verificar que todas elas conhecem as avaliações, trabalham sua metodologia e desconheciam pelo menos no momento o nome de “larga escala”. Na primeira questão a resposta foi  conheço sim Prova Brasil, Aneb e Saeb pela professora Sandra Aparecida  do 2º ano. Professora Angela de Historia e Geografia tem conhecimento das avaliações comoo   Saeb, Prova Brasil, Aneb, Eja e Avaliação Nacional de Alfabetização –Ana avaliações também conhecidas  pela professora Maria Zilmar do 5º ano. A professora Antonia Edna da sala do 1º ano respondeu que sim, as avaliações externas que chegam até nós (escolas) no intuito de avaliar, classificar e enumerar escolas e ainda correlacionar resultados com foco na aprendizagem e que são elas Prova Brasil e Spaece em âmbito estadual. E a professora Maria Jardelina,  professora fundamental I e de Inglês no fundamental  II, descreveu que a avaliação em larga escala é aquela que se faz com ampliação e determinação. É um procedimento educacional que oferece espaço externo aos professores com o objetivo de diagnosticar o educando na sala de aula. Muito embora esta avaliação pode ser diferenciada quando se torna padronizada na forma de avaliar diversos números de pessoas como professores, diretores, coordenadores, nos vestibulares (ENEM) e tudo que está ligado a educação.
         O que se percebe é que realmente conhecem as avaliações, mas apenas três professoras mostram seu maior conhecimento quando se atentam também para  as medidas de indicadores de aprendizagem dos alunos e análises que deverão ser produzidas pelos educadores.
          Na questão que se pede o conhecimento na metodologia utilizada nas avaliações as professoras Sandra Aparecida  e Maria Zilmar 2º e 5º ano, salas que são avaliadas pelo Spaece todos os anos, tem a mesma opinião que a metodologia é a  Leitura e interpretação e produção  de textos e situações problemas. Para a professora Edna do 1º ano, no contexto geral a avaliação vem para analisar a aplicabilidade dos “eixos” principalmente “Leitura e escrita”, partindo dos resultados poderá haver um estudo de melhora nas práticas pedagógicas de cada docente. E a  Maria Jardelina acredita que sejam métodos de investigação do conhecimento aplicado na sala de aula por cada disciplina oferecida ao alunado da instituição, pois a função desta metodologia é assegurar a qualidade da educação fortalecendo assim o direito do saber de cada um. E a supervisora Maria do Socorro diz que são análises comparativos que indicam a evolução do rendimento escolar, Contribuindo para a melhoria das ações pedagógicas. Diz ainda que a metodologia consiste na apropriação dos resultados da avaliação externa e utilização dos dados como subsídios para as práticas pedagógicas e está estruturada nas fases diagnósticas e somativa que permitem examinar a evolução do rendimento escolar de cada aluno. Para Angela há possibilidades de criação de procedimentos que possa oferecer indicadores que possibilitem a compreensão de todos os fatores que estão presentes no desempenho dos alunos nas séries e disciplinas avaliadas.
          A discussão da avaliação na educação básica tem sido feita, pela busca de informações produzidas pelo sistema de avaliação externa em larga escala, centralizada e com foco no rendimento do aluno e no desempenho dos sistemas de ensino. O que não foi esquecido pelos entrevistados que o objetivo é medir competências e habilidades e níveis de aprendizagem estabelecidos e que a partir desses resultados exista uma elaboração de intervenções pedagógicas necessárias a melhoria da qualidade do ensino.
          Na contribuição dessas avaliações em sala de aula é importante para a reflexão sobre as práticas pedagógicas e a aprendizagem dos alunos segundo as professoras Sandra  e Zilmar. Edna diz que sim pois o aluno se familiariza com este tipo de prova e com os resultados em mãos o professor estará sempre em busca de novas ações para o seu melhoramento e consequentemente os resultados de cada ano. O professor conhece melhor o desempenho acadêmico de cada aluno e melhora sua prática pedagógica disse a supervisora Maria Socorro. E para Maria Jardelina é através da avaliação que se pode acompanhar o desenvolvimento do aluno, pois  avaliação oferece subsídios para que se possa tomar decisões mais adequadas e melhorar seu trabalho, obtendo assim melhores resultados de ambas as partes. A realidade da comunidade escolar pode ser compreendida na busca da construção da aprendizagem na opinião da professora Angela, que diz ainda que essas informações  podem ser levadas para o cotidiano da sala de aula.
          Importante observar que nenhuma entrevistada tenha visto a avaliação como forma de pressão e sim como forma de melhoria da educação, estão conscientes da reflexão sobre prática pedagógica adotada por todos e  que pode se preciso ser revista de acordo com determinados resultados.
          Quando se perguntou se os resultados dessas avaliações em larga escala ajuda o aluno as professoras Sandra e Zilmar disseram que sim, é uma ferramenta que leva o aluno a uma aprendizagem com mais fluência tanto nas produções textuais como na interpretação cm muito mais coerência e se tornando formadores de suas próprias opiniões. A professora Edna ver um grande interesse dos alunos na realização dessas avaliações e são eles os primeiros a perguntarem como foi o resultado, percebe-se isso nos próprios simulados que escola desenvolve o quanto eles se esforçam e buscam saber o que não acertou pra não errar na próxima avaliação. E o aluno é levado a desenvolver melhor suas habilidades complementou Maria Socorro. Para Maria Jardelina uma vez que os resultados são destinados a melhoria do ensino e do aluno, é certo que existe um favorecimento de acordo com que o mesmo tenha construído ou venha a construir favorece ao Ideb e ao próprio aluno na s avaliações internas nas avaliações externas. Angela defende que ajudam ao aluno por oferecerem subsídios, monitoramento e programas de intervenções às necessidades diagnósticas nas áreas de ensino avaliado.
          As avaliações em larga escala tem uma grande importância, são mudanças que exigem novos olhares, mas que devem ter um propósito como já foi mencionado, deve ter um fundamento para que possa de verdade contribuir para a melhoria do ensino.            As avaliações nacionais tanto podem ser um instrumento para que as escolas, gestores e demais profissionais repensem seu trabalho, quanto para se efetuar classificações que pouco contribuem para a melhora da qualidade das escolas. Se a avaliação for concebida apenas como mecanismo de controle ou se for ignorada, seja pelos professores, pelos gestores ou pelos responsáveis pela formação de docentes, pouco contribui para a melhora do ensino (SOUSA, 2003).
          Seus resultados devem ser divulgados com propósitos de melhoria, com bastante incentivo e com uma grande participação de todos os envolvidos no processo educacional, seja ela avaliadora do rendimento aluno, do professor ou  da própria instituição escolar. Deve-se buscar saberes, superações e qualidades.  Sem um processo de reflexão encima dos resultados a avaliação de nada servirá como agente transformadora e totalmente sem influencia nas políticas educacionais. O mais importante é lembrar que a verdadeira transformação começa em cada um de nós.
       

Edneuda

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