sexta-feira, 18 de julho de 2014

Educação formal, informal e não-formal

          Uma educação formal trás processos com dimensões e objetivos do ensino e aprendizagem de conteúdos, onde deve-se formar um cidadão que desenvolva suas competências e habilidades, exercendo as práticas de capacitações e compreendendo o mundo ao seu redor. É desenvolvida na escola com conteúdos, regras e padrões comportamentais, que além dos títulos adquiridos haja uma capacitação para sempre seguir em frente.
          Com a finalidade de socializar os indivíduos a educação informal, se desenvolve dentro de um referencial com valores e crenças em lugares onde as relações sociais são desenvolvidas e caracterizadas por valores e sentimentos herdados com a obtenção de resultados a partir da forma de agir e de pensar espontaneamente.
          Quando se trata da educação não-formal, já vem a idéia do informal e o autor nos mostra uma vida lá fora “mundo da vida” enquanto outros processos de educação são mais centralizado, a educação não-formal se processa através de compartilhamento e experiências e na criação de espaços e ações coletivas e cotidianas. É um processo onde objetiva-se interesses e necessidades, busca-se conhecimentos e constroem-se relações sociais, concepções e principalmente sua identidade.
          E finalizando com a importância da educação não-formal nos colegiados, onde se deve construir e desenvolver  uma sensibilidade por meio de valores que venha a se refletir nas praticas sociais e construção desses valores, com a participação do coletivo formado por pessoas diferentes e co o mesmo objetivo.


Edneuda
           Movimentos sociais, Culturais e Artísticos em nossa Escola


          A necessidade da presença da família na escola, e sua participação ativa trás a escola uma grande colaboração além  de uma parceria que muito irá favorecer e fortalecer uma troca de conhecimentos e valores necessários e essenciais para um melhor desenvolvimento do ensino-aprendizagem, contribuindo também em uma gestão democrática e participativa, ampliando os espaços de comunicação e  conhecimentos e juntos proporcionarmos   uma educação de qualidade.
          O resgate de muitos valores certamente trará a interatividade e a sistematização do que é necessário para a formação e transformação do cidadão com consciência de suas potencialidades e práticas sociais. É importante ainda uma sensibilização total da comunidade local e comunidade escolar para a importância da participação de todos nessa transformação social.
          Desenvolver um trabalho de valores culturais dentro da comunidade escolar, seja resgatando ou construindo esses movimentos sociais alem de adequar a proposta pedagógica a realidade dos alunos, estará a escola agregando-se ao meio familiar dos alunos na busca também  de alternativas para a solução de problemas que possa vir a ter a escola como por exemplo o baixo interesse de aprendizagem de muitos alunos.
          A escola como espaço de descoberta, deve-se buscar o sentido das coisas e praticando acima de tudo a “dimensão humana” de ser cidadão critico, reflexivo e atuantes, respeitando sempre os limites e direitos de cada um. A escola também, tem sido escolhida como o melhor espaço para essa aprendizagem com a finalidade do desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o mundo do trabalho.
          Na escola Cel Gregório Callou trabalhamos com algumas ações sócio-culturais e artísticas com o educando ,objetivando a formação de valores e expressão de suas  possibilidades  e potenciais artísticos culturais. Muitos projetos são trabalhados internamente e poucos com a participação da comunidade.  Os projetos chamados “projetos de Pasta” que vem da Secretaria de educação, como todos os outros criados de acordo com necessidades surgidas no processo de ensino – aprendizagem são trabalhados a partir de um planejamento coletivo e interdisciplinar que envolva dede a sala do infantil até o 9º ano da escola. Visando sempre o   resgate  e formação cultural de valores. A escola necessita e com urgência   redirecionar  melhor algumas de nossas  atividades desenvolvidas  para  uma  participação mais ativa da família, uma vez que são poucas as ocasiões que a comunidade é engajada como dia das mães, dia dos pais e reunião de pais e mestres.
          Todas as datas comemorativas são trabalhadas e comemoradas com engajamento de todos e sempre com a culminância de cada projeto. O patriotismo dentro da nossa escola  é um dos projetos maior envolvimento da comunidade, pois levamos para fora da escola o que estudamos e pesquisamos durante toda semana da Pátria e o que envolvemos na interdisciplinaridade. Outro projeto marcante é a semana da consciência negra em que a escola busca resgatar nossa origem, nossos costumes e nossa cultura.          Um trabalho bastante significativo e tem uma boa participação da comunidade é a mobilização social feita através do PSE programa Saúde na  escola onde são desenvolvidas atividades de ginástica, palestras sobre temas escolhidos pela comunidade, verificação de Pressão arterial, teste de glicemia, pesagem e  medição da massa corporal.
          A comunidade festeja o padroeiro são Sebastião e a escola sempre engajada nos movimentos sociais da comunidade no que diz respeito desde a organização da parte litúrgica até eventos sociais e culturais como quermesses, leilões e shows.
Tivemos recentemente dois projetos aprovados pelo governo federal o “Mais educação e Escola de Campo” e ganhamos ainda a parceria de duas grandes Universidades locais URCA e UFC com alunas mestrandas que desenvolverão


conosco a escola do campo e a horta escolar, projetos que por indicação de nossos alunos já havíamos implantado e recentemente recebemos a verba para um deles - Mais Educação – onde serão desenvolvidas atividades de reforço, pintura, atletismo e canteiro sustentável.
          Acreditamos no nosso trabalho e nosso maior objetivo no momento é uma maior articulação dessas ações com a comunidade para que aconteça o fortalecimento de parceria com todos para que possamos mudar e melhorar a nossa realidade.

Edneuda













                 Os processos e ambientes comunicacionais na escola
          A escola é uma comunidade educativa, um ambiente com limites e potencialidades e que oferece vários  elementos teóricos para a prática de comunicação. É um ambiente sócio e multicultural onde muitas e várias pessoas possuem pensamentos e culturas diferentes e que estão constantemente interagindo de diferentes formas, contudo coletivamente e socializando as informações necessárias ao seu papel dentro e fora dela.
          A  socialização dentro do espaço escolar é o objetivo principal que faz com que o diálogo e a troca de informações proporcionem as diversas maneiras de desenvolver um melhor processo de comunicação educativa. A comunicação é necessária e deve ser planejada e compreendida em todos os meios necessários a ela, deve ter uma linguagem adequada de acordo com cada público alvo que está recebendo. Diversas estratégias podem ser desenvolvidas para que possam contribuir para o aprendizado, favorecendo o conhecimento com princípio democrático e participativo como deve ser em cada instituição educacional, em qualquer gestão.
          Muitos são os materiais que podemos utilizar na escola para o processo de comunicação, tanto os mais antigos como os mais atuais. Tivemos uma experiência nesse mês (junho 2014) muito interessante na escola em que trabalho. Com recursos do PDDE a escola adquiriu uma copiadora de Xerox há 2 anos e a partir daí não se usou outro mecanismo para digitalizar e xerocar todos os nossos documentos como avaliações doa alunos. No momento que necessitamos mandar um comunicado para os pais pra comparecerem a reunião de encerramento do semestre, a máquina quebrou e  voltamos às nossas origens – o mimeógrafo – que por sua vez nos oferecia uma praticidade melhor do que escrever em cada caderno de aluno aquele comunicado.
          É possível perceber a importância e necessidade de vários comunicacionais dentro da escola e que possam contribuir para a consolidação da gestão democrática e participativa. Educação e comunicação lidam com a interação entre as pessoas e com isso diminui certamente os limites entre formação e conhecimento e a escola tem o desafio de inserir esse contexto nas práticas pedagógicas. A coordenação pedagógica deve está atenta a criação de estratégias que venha facilitar contudo, o envolvimento total da comunidade (que hoje tem uma boa participação pelo menos quando convidados ou convocados à reuniões dentro da escola), sempre em um espaço de constante responsabilização e participação de todos, planejando coletivamente as várias formas de comunicação e sempre de acordo com cada grupo, com cada cultura e com cada sistema.
          Nos processos e ambientes de comunicação na escola, o que menos se usa são os murais, pelo motivo de ser uma escola aberta e totalmente sem muro e que ainda existe pessoas com maturidade insuficiente e que ainda destroem nosso material. Os pais recebem comunicados ou convocações através de material xerocado ou por via telefone. Professores sempre por ligações telefônicas e  nossos alunos bem a frente de todos os grupos via internet pois em relação a tecnologia é certo afirmar que se destacam a frente da maior parte dos professores. Mas vale salientar que temos professores que usam a tecnologia em sala de aula, professora de matemática (Edilma) que usa o celular como um meio de aprendizagem  nas aulas de ciências e matemática, sem esquecer que todos tem acesso a internet dentro da escola através do Wi-fi e temos ainda a professora do 1º ano (Edna) que filma todo o desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos e na reunião de pais usa o data-show para mostrar todo esse processo. E gostaria de registrar meu orgulho profissional por essas duas professoras citadas serem minhas irmãs.
          É lamentável também registrar que temos professora que sequer usa celular em seu benefício próprio imagina acompanhar a tecnologia e o processo de ensino-aprendizagem e nota-se porém uma resistência muito grande e um desgaste desnecessário por parte da coordenação, por não conseguir fazer com que professor desse nível olhe para os lados e não se fixe numa única direção se limitando ao livro didático como único recurso para a sala de aula.
          E finalmente dizer que a comunicação é um processo que vem se intensificando a cada dia e dentro da escola como parte fundamental para a melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem.

Edneuda


                             AVALIAÇÃO EDUCACIONAL EM LARGA ESCALA –

          Assumindo  cada vez mais uma posição de destaque no processo educacional, são indicadores que ainda necessitam de um propósito e de metas que seja do conhecimento de todos, e quem de fato será avaliado pelo sistema; as instituições educacionais, os professores ou os alunos. Foi através do SAEB ( Sistema de Avaliação de Educação Básica) a primeira iniciativa em 1990, para conhecer os problemas de deficiência do sistema educacional, para orientar melhor as políticas governamentais voltadas para a melhoria da qualidade de ensino. Foi a partir dessa implantação que se pôde identificar os problemas do ensino através de indicadores, os fatores de desempenho dos alunos e uma larga visão dos processos de aprendizagem e as condições em que são desenvolvidas.
          Em estudo entrevistei 05 professora da Escola em que sou coordenadora pedagógico e uma supervisora.  Ficou claro diante o impacto ao perguntar a todo o grupo sobre o que é  uma avaliação em larga escala, sua metodologia, contribuição em sala de aula.  Somos um grupo de 12 professores e nenhuma soube dizer o que significa e quais os tipos. Em seguida, as  professoras  todas do ensino fundamental I do 1º ao 5º ano e do fundamental II, buscaram saber o conceito e possibilidades de contribuição no trabalho diário de sala de aula fazendo assim também a supervisora da mesma escola Maria do Socorro, que no momento fez o comentário que seriam as avaliações internas  realizadas pela escola e externas realizadas como Prova Brasil, Paic e Spaece.
          Foi possível verificar que todas elas conhecem as avaliações, trabalham sua metodologia e desconheciam pelo menos no momento o nome de “larga escala”. Na primeira questão a resposta foi  conheço sim Prova Brasil, Aneb e Saeb pela professora Sandra Aparecida  do 2º ano. Professora Angela de Historia e Geografia tem conhecimento das avaliações comoo   Saeb, Prova Brasil, Aneb, Eja e Avaliação Nacional de Alfabetização –Ana avaliações também conhecidas  pela professora Maria Zilmar do 5º ano. A professora Antonia Edna da sala do 1º ano respondeu que sim, as avaliações externas que chegam até nós (escolas) no intuito de avaliar, classificar e enumerar escolas e ainda correlacionar resultados com foco na aprendizagem e que são elas Prova Brasil e Spaece em âmbito estadual. E a professora Maria Jardelina,  professora fundamental I e de Inglês no fundamental  II, descreveu que a avaliação em larga escala é aquela que se faz com ampliação e determinação. É um procedimento educacional que oferece espaço externo aos professores com o objetivo de diagnosticar o educando na sala de aula. Muito embora esta avaliação pode ser diferenciada quando se torna padronizada na forma de avaliar diversos números de pessoas como professores, diretores, coordenadores, nos vestibulares (ENEM) e tudo que está ligado a educação.
         O que se percebe é que realmente conhecem as avaliações, mas apenas três professoras mostram seu maior conhecimento quando se atentam também para  as medidas de indicadores de aprendizagem dos alunos e análises que deverão ser produzidas pelos educadores.
          Na questão que se pede o conhecimento na metodologia utilizada nas avaliações as professoras Sandra Aparecida  e Maria Zilmar 2º e 5º ano, salas que são avaliadas pelo Spaece todos os anos, tem a mesma opinião que a metodologia é a  Leitura e interpretação e produção  de textos e situações problemas. Para a professora Edna do 1º ano, no contexto geral a avaliação vem para analisar a aplicabilidade dos “eixos” principalmente “Leitura e escrita”, partindo dos resultados poderá haver um estudo de melhora nas práticas pedagógicas de cada docente. E a  Maria Jardelina acredita que sejam métodos de investigação do conhecimento aplicado na sala de aula por cada disciplina oferecida ao alunado da instituição, pois a função desta metodologia é assegurar a qualidade da educação fortalecendo assim o direito do saber de cada um. E a supervisora Maria do Socorro diz que são análises comparativos que indicam a evolução do rendimento escolar, Contribuindo para a melhoria das ações pedagógicas. Diz ainda que a metodologia consiste na apropriação dos resultados da avaliação externa e utilização dos dados como subsídios para as práticas pedagógicas e está estruturada nas fases diagnósticas e somativa que permitem examinar a evolução do rendimento escolar de cada aluno. Para Angela há possibilidades de criação de procedimentos que possa oferecer indicadores que possibilitem a compreensão de todos os fatores que estão presentes no desempenho dos alunos nas séries e disciplinas avaliadas.
          A discussão da avaliação na educação básica tem sido feita, pela busca de informações produzidas pelo sistema de avaliação externa em larga escala, centralizada e com foco no rendimento do aluno e no desempenho dos sistemas de ensino. O que não foi esquecido pelos entrevistados que o objetivo é medir competências e habilidades e níveis de aprendizagem estabelecidos e que a partir desses resultados exista uma elaboração de intervenções pedagógicas necessárias a melhoria da qualidade do ensino.
          Na contribuição dessas avaliações em sala de aula é importante para a reflexão sobre as práticas pedagógicas e a aprendizagem dos alunos segundo as professoras Sandra  e Zilmar. Edna diz que sim pois o aluno se familiariza com este tipo de prova e com os resultados em mãos o professor estará sempre em busca de novas ações para o seu melhoramento e consequentemente os resultados de cada ano. O professor conhece melhor o desempenho acadêmico de cada aluno e melhora sua prática pedagógica disse a supervisora Maria Socorro. E para Maria Jardelina é através da avaliação que se pode acompanhar o desenvolvimento do aluno, pois  avaliação oferece subsídios para que se possa tomar decisões mais adequadas e melhorar seu trabalho, obtendo assim melhores resultados de ambas as partes. A realidade da comunidade escolar pode ser compreendida na busca da construção da aprendizagem na opinião da professora Angela, que diz ainda que essas informações  podem ser levadas para o cotidiano da sala de aula.
          Importante observar que nenhuma entrevistada tenha visto a avaliação como forma de pressão e sim como forma de melhoria da educação, estão conscientes da reflexão sobre prática pedagógica adotada por todos e  que pode se preciso ser revista de acordo com determinados resultados.
          Quando se perguntou se os resultados dessas avaliações em larga escala ajuda o aluno as professoras Sandra e Zilmar disseram que sim, é uma ferramenta que leva o aluno a uma aprendizagem com mais fluência tanto nas produções textuais como na interpretação cm muito mais coerência e se tornando formadores de suas próprias opiniões. A professora Edna ver um grande interesse dos alunos na realização dessas avaliações e são eles os primeiros a perguntarem como foi o resultado, percebe-se isso nos próprios simulados que escola desenvolve o quanto eles se esforçam e buscam saber o que não acertou pra não errar na próxima avaliação. E o aluno é levado a desenvolver melhor suas habilidades complementou Maria Socorro. Para Maria Jardelina uma vez que os resultados são destinados a melhoria do ensino e do aluno, é certo que existe um favorecimento de acordo com que o mesmo tenha construído ou venha a construir favorece ao Ideb e ao próprio aluno na s avaliações internas nas avaliações externas. Angela defende que ajudam ao aluno por oferecerem subsídios, monitoramento e programas de intervenções às necessidades diagnósticas nas áreas de ensino avaliado.
          As avaliações em larga escala tem uma grande importância, são mudanças que exigem novos olhares, mas que devem ter um propósito como já foi mencionado, deve ter um fundamento para que possa de verdade contribuir para a melhoria do ensino.            As avaliações nacionais tanto podem ser um instrumento para que as escolas, gestores e demais profissionais repensem seu trabalho, quanto para se efetuar classificações que pouco contribuem para a melhora da qualidade das escolas. Se a avaliação for concebida apenas como mecanismo de controle ou se for ignorada, seja pelos professores, pelos gestores ou pelos responsáveis pela formação de docentes, pouco contribui para a melhora do ensino (SOUSA, 2003).
          Seus resultados devem ser divulgados com propósitos de melhoria, com bastante incentivo e com uma grande participação de todos os envolvidos no processo educacional, seja ela avaliadora do rendimento aluno, do professor ou  da própria instituição escolar. Deve-se buscar saberes, superações e qualidades.  Sem um processo de reflexão encima dos resultados a avaliação de nada servirá como agente transformadora e totalmente sem influencia nas políticas educacionais. O mais importante é lembrar que a verdadeira transformação começa em cada um de nós.
       

Edneuda
 Organização do trabalho na escola a partir das ações do coordenador pedagógico visando uma gestão democrática

          Há dois anos estou a frente da coordenação pedagógica da escola Cel. Gregório Callou, escola fundada pelo meu pai Vicente José dos Santos (Vicente Pereira) como é conhecido, onde tive minha mãe Izaura Santana como minha alfabetizadora e também  onde estudei todo ensino fundamental I. Ter o exemplo dos pais como educadores já foi um grande incentivo para me tornar professora, e assim aconteceu com as três filhas desse casal que hoje desenvolvemos um trabalho na educação e na mesma escola que estudamos.
          A realidade em que se insere o trabalho do coordenador pedagógico é bastante complexa, uma vez que é necessário lidar com conflitos ou problemas enfrentados todos os dias no cotidiano da escola. E por muitas vezes as atividades que deveriam ser desenvolvidas não apresentam um contexto final dentro do necessário das práticas pedagógicas.
          Como meu trabalho deve ser inserido no interior das práticas pedagógicas desta unidade escolar; como está sendo a minha relação como coordenador com os atores escola; quais são os problemas e as dificuldades enfrentadas, e quais são as intervenções positivas no cotidiano escolar; quais são nossas  atividades no campo do planejamento, acompanhamento e apoio do trabalho pedagógico. Essas são as questões que necessitam ser compreendidas para melhor se desenvolver um trabalho com a comunidade escolar e comunidade local.
          O trabalho do coordenador pedagógico consiste sempre em procurar a cada momento como melhorar o ensino- aprendizagem, auxiliando sempre na superação de cada dificuldade junto aos docentes e acompanhar com bastante dedicação o crescimento de cada educando estimulando suas habilidades na busca de novos caminhos.
          É importante que se trabalhe uma Gestão democrática, no caso de nossa escola, digo nossa porque considero bastante a gestão em que atuamos ser bastante transparente e democrática em que todos colaboram e todos são responsáveis por cada ação, por cada direção, dizemos até que todos são coordenadores e todos são diretores, mas infelizmente existe uma hierarquia. Mas na escola tudo é compartilhado, tudo é comunicado e todos sabem de tudo.  Sai da direção de outra escola para assumir a coordenação dessa escola que hoje  trabalho, embora tenha sempre acompanhado seus resultados pois, além de estar inserida dentro de minha comunidade, faz parte do núcleo da escola em que estava como diretora. Importante foi lembrar que deveríamos dar continuidade aos trabalhos já iniciados na Unidade Escolar e elaborar novos projetos durante o ano letivo de acordo com as necessidade.          Sabendo da grande responsabilidade do papel do coordenador, me proponho a trabalhar de forma democrática para atender as necessidades da equipe desta unidade escolar  levando em conta a ética profissional e o intuito de contribuir para um bom trabalho coletivo, para tanto sei que ainda falta muito pra se chegar ao que almejamos e também ao que nos é cobrado pelo sistema e pela sociedade.
          Uma das grandes preocupações na discussão do grupo é a ausência da família na escola, uma ação reconhecida pelos pais que tem uma participação na vida escolar de seu filho, seria um dos principais pontos com grande necessidade de intervenção por parte da coordenação para trazer esses pais a escola para conscientizá-los do compromisso, da responsabilidade que a família tem no acompanhamento de seus filhos dentro da escola. Se discute uma maneira de incentivo e busca pela permanência dos pais dentro da escola.
          Em 2013 fizemos a avaliação do Spaece e tivemos um bom resultado, foi feito um grande trabalho corpo a corpo com as professoras titulares, com professores de reforço e a coordenação empenhada a todo momento. Esse ano estou desanimada e já sou observada pela turma que já  percebe a minha mudança e cobra uma postura de mudança urgente e empenho dentro das minhas atividades. E pra aprimorar meu trabalho e ajudar melhor a nossa equipe eu preciso com urgência mudar minhas atitudes de comodismo pra iniciativas que atendam as necessidades da equipe de docentes como também do processo ensino–aprendizagem de nossos educandos como vinha desempenhando ao longo de todo esse tempo.
          Nossos professores estão sempre nas formações continuadas e minha função seria exatamente fazer com que todo trabalho repassado aos professores seja sempre direcionado para um modo coletivo nunca individualizado, com a troca de materiais, atividades e experiências de cada um, inovando a cada dia a prática pedagógica de cada um, pois é uma das preocupações dentro da unidade escolar, inovação para que o aluno tenha estímulo na sala de aula e não se desprenda do que é necessário compreender. Estar faltando mais essa minha participação dentro de todas as salas de aula, sem levar em conta apenas as salas que farão a avaliação do Spaece, Provinha Brasil, o Ana e outras. É necessário ver a dificuldade de cada aluno, acompanhar seu desempenho e isso só é possível  acompanhando passo a passo e contribuindo positivamente na busca de novas soluções. Acompanhar o professor no seu horário de estudo, avaliando suas praticas e seu planejamento e sugerir se necessário inovações, uma vez que temos esse tempo, esse momento de estudo professor e coordenador pedagógico (1/3 fora de sala) como chamamos no nosso município.   
          A escola em que trabalho tem bastante qualidades entre elas assiduidade constante de alunos, funcionários, professores e toda equipe que nela trabalha, não temos problemas com indisciplina, mas temos o desinteresse de muitos alunos que parecem ser empurrados pelos pais pra escola pra não perderem o bolsa família, pois estão alheios ao mundo do conhecimento e por isso o nosso resultado na aprendizagem ainda não está muito melhor. Sabemos  da necessidade de mudança, de inovação, mas ainda é difícil pela resistência de alguns professores e acomodação de outros. E muito mais sério a falta de atuação de minha pessoa na intervenção pra que se mude esse quadro e no momento me sinto desmotivada, mas consciente de minha função e da urgência de atuação necessária no momento. São muitas atribuições na minha gestão por estar frente a uma escola que não existe diretor, agente administrativo e secretário escolar. Toda parte administrativa e pedagógica é feita por mim e uma supervisora escolar que por necessidade desempenha mais a função de secretaria escolar do que supervisora pedagógica. Mas isso não impede uma melhor atuação do coordenador pedagógico que no momento requer urgência nas suas funções pedagógicas.
          Estabelecer  metas é necessário para que se possa atingir os objetivos almejados , como também promover um clima escolar favorável à aprendizagem e ao ensino, a partir do entrosamento entre os membros da comunidade escolar e da qualidade das relações sempre em busca de novas perspectivas e ótimos resultados. E assim se faz uma gestão democrática e se chega a uma educação de qualidade.


Edneuda
Política e Gestão da Educação Básica no Brasil


          A Gestão educacional é baseada na organização do sistema de ensino, no papel social da escola e dos processos relativos a organização, cultura e gestão. A concepção da educação é uma prática social entre a cultura e a escola, com um grande envolvimento e compromisso de todos que faz o sistema de ensino em busca de objetivos de formação como mostra DOURADO.
          Dentro da instituição educacional, a gestão possui na sua especificidade um planejamento de desenvolvimento da escola, sempre com participações e decisões  dentro desse sistema escolar. É necessário  um aprendizado nos limites possibilidades à gestão das políticas, aprimorando elementos para compreender melhor o processo de regulação e financiamento das organizações educacionais do Brasil.
          Em 1988 a Constituição Federal, foi aprovada e promulgada, ampliando a aprovação da LDB em 1996, onde redefiniu no âmbito das políticas educacionais uma ordem dando soberania as escolas na busca de uma organização das políticas educacionais que antes não havia, um processo de organização e de planejamento. Essas políticas educacionais são compostas por programas e ações conjuntas entre união, estados e municípios que tem como foco a melhoria na qualidade do ensino fundamental.
          De acordo com as definições do MEC, entre os programas educacionais, temos o Fundeb que está vigorando desde 2007 e se estenderá até 2020, atendendo desde a creche até o ensino Médio, promovendo a redistribuição dos  recursos vinculados a educação. Esse investimento é feito de acordo com o número de alunos cadastrados no censo escolar do ano anterior. É feito um acompanhamento e controle de toda essa aplicação nas escolas federal, estadual e municipal.
          Os PCNs que tem como objetivo padronizar o ensino no País, estabelece pilares fundamentais para guiar a educação, é também um dos programas educacionais. São diretrizes voltadas para estruturar e reestruturar o currículo escolar, obrigatórias para a rede pública e opcional nas instituições privadas. São referências que podem ser usadas para o planejamento do professor.
          O PDDE escola é uma forma de organização da escola para produzir decisões e ações fundamentais projetadas pela equipe gestora e executadas diariamente, enquanto que o PDDE vem ajudar na infra-estrutura física e pedagógica, como também na elevação do índice de desempenho da educação básica nas escolas públicas da rede estadual, municipal e Distrito federal e as escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos. Na escola em que trabalho, o recurso é recebido pela associação de pais e comunidade, de acordo com o número de alunos cadastrados no censo do ano anterior. Em assembléia é definido as prioridades físicas e pedagógicas da escola e em seguida a aplicação desses recursos.
          Existem ainda outros programas educacionais federais de grande importância  para o desenvolvimento da educação. PNE, PNLD, PNLEM pro infância, pro infantil, prova Brasil, provinha Brasil, PAR, IDEB, PSE, Conselhos escolares, Merenda escolar, Ensino fundamental de 9 anos,  formação de professores e muitos outros.
          Mesmo com esses projetos, não se chega ou não se consegue chegar a uma melhoria desejada, cada projeto possui sua especificidade que nem sempre é a necessidade da escola, a burocracia na aplicação desses recursos não atende a realidade da instituição, pois as ações já são determinadas para a aplicação de cada um desses recursos, portanto o objetivo nem sempre é alcançado.

Edneuda


A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO PLANEJAMENTO ESCOLAR E AS DIFICULDADES ENCONTRADAS

          O bom desempenho de um  coordenador pedagógico, deve contribuir com bons resultados no ensino e na aprendizagem dos alunos, além da boa interação com as práticas educativas dentro de uma instituição educacional. É necessário portanto o conhecimento e a reflexão do que é ser e atuar como coordenador pedagógico. Identificar um coordenador pedagógico atuando de acordo com suas verdadeiras atribuições é raro. As funções desenvolvidas por "eles"  na maioria das vivências vão muito além do que lhe é atribuído, o que dificulta o desenvolvimento de seu trabalho na busca de um melhor resultado, no sucesso e na aprendizagem  do aluno como também no desenvolvimento do trabalho do professor.
          Uma condição necessária para o desenvolvimento de uma pratica de intervenção adequada aos processos de ensino e de aprendizagem realizados  dentro de uma escola, necessita de uma participação que não existe, em processos de profissionalização que respondam as especificidades na função do coordenador pedagógico, que se mantém sempre distante de seu verdadeiro objetivo de trabalho que é a formação continuada do professor.  São atribuídas questões burocráticas, em vez de acompanhar o professor em suas atividades de planejamento de docência, de avaliação, de estímulo e de criar situações para a solução de problemas existentes, procurando subsídios  que facilitem o trabalho docente.
          Tenho oito anos de experiência como professor coordenador pedagógico - PCP na cidade de Guarulhos são Paulo, e claro que como em qualquer outra instituição educacional, o coordenador não sabe de certo qual função exercer por ser necessário o desenvolvimento de várias outras atividades que andam longe de serem realmente as práticas pedagógicas e necessárias ao resultado almejado dentro do processo escolar. Fica ainda mais difícil quando se trabalha com um grande número de professores, onde cada um tem sua especificidade, sua opinião e muitos pontos de vista diferente, tentar direcionar ao mesmo rumo e objetivo sempre é um grande desafio, pois somos vistos em um patamar  que de superioridade, o que na verdade somos professores com a função de auxiliar, direcionar, ser um canal de participação efetiva, superando as práticas autoritárias, individualistas e ajudando a superar as imposições ou disputas de vontades individuais, na medida em que há um referencial construído e assumido coletivamente. • Aumentar o grau de realização e, portanto, de satisfação de trabalho tanto para o professor regente como o professor coordenador.  Práticas pedagógicas diferem muito do processo  administrativo do núcleo gestor, elaborar em conjunto com o grupo o Projeto Político Pedagógico da escola e desenvolver a cada dia com sucesso é uma função do coordenador pedagógico, mas cuidar de indisciplina de aluno, reuniões com os pais já foge um pouco de nossas atribuições.
          Zelar pela aprendizagem do aluno, pela sua permanência na escola, visitar os pais e e pedir sua colaboração no acompanhamento da vida escolar de seus filhos fazem sim parte das atribuições de um professor coordenador pedagógico. Existe portanto uma grande diferença dentre essas ações pedagógicas e administrativas. Estive dos dois lados, pois ao assumir a vice direção de uma escola na mesma região,meu trabalho não diferenciou, então está na hora de realmente saber a quem de direito deve-se fazer, enquanto isso não haverá qualidade e bons resultados, ficando portanto a idéia de que não somos capazes de realizar nosso trabalho como coordenador pedagógico.
          O coordenador pedagógico  é responsável pelo resultado da aprendizagem do aluno e precisa ser ousado na implantação de ações que qualifique esse resultado, se o professor não tiver formação adequada e estímulo para o trabalho, o resultado não será satisfatório. É necessário um clima harmonioso, uma coletividade, um companheirismo, uma mudança em sala de aula e na dinâmica escolar, o que causará um impacto produtivo e significativo no processo educativo. É necessário um elo entre professores e núcleo gestor, para possibilitar o desenvolvimento de um clima em que todos contribuam com idéias, críticas, encaminhamentos, pois a gestão e participação pedagógica pressupõem uma educação democrática e além de bons resultados  e o coordenador deve ser esse elo entre os dois lados, sabendo contudo trabalhar as diversidades dentro da instituição escolar.              
         É necessário repensar a prática do coordenador pedagógico, na construção de competências que contribuam progressivamente na consolidação de uma estrutura de formação permanente em todas as escolas, para todos os coordenadores como acontece no momento para esse grupo do qual faço parte.



Edneuda