AVALIAÇÃO EDUCACIONAL EM LARGA ESCALA –
Assumindo cada vez mais uma posição de destaque no processo
educacional, são indicadores que ainda necessitam de um propósito e de metas
que seja do conhecimento de todos, e quem de fato será avaliado pelo sistema;
as instituições educacionais, os professores ou os alunos. Foi através do SAEB
( Sistema de Avaliação de Educação Básica) a primeira iniciativa em 1990, para
conhecer os problemas de deficiência do sistema educacional, para orientar
melhor as políticas governamentais voltadas para a melhoria da qualidade de
ensino. Foi a partir dessa implantação que se pôde identificar os problemas do
ensino através de indicadores, os fatores de desempenho dos alunos e uma larga
visão dos processos de aprendizagem e as condições em que são desenvolvidas.
Em estudo entrevistei 05 professora
da Escola em que sou coordenadora pedagógico e uma supervisora. Ficou claro diante o impacto ao perguntar a
todo o grupo sobre o que é uma avaliação
em larga escala, sua metodologia, contribuição em sala de aula. Somos um grupo de 12 professores e nenhuma
soube dizer o que significa e quais os tipos. Em seguida, as professoras todas do ensino fundamental I do 1º ao 5º ano
e do fundamental II, buscaram saber o conceito e possibilidades de contribuição
no trabalho diário de sala de aula fazendo assim também a supervisora da mesma
escola Maria do Socorro, que no momento fez o comentário que seriam as
avaliações internas realizadas pela
escola e externas realizadas como Prova Brasil, Paic e Spaece.
Foi possível verificar que todas elas
conhecem as avaliações, trabalham sua metodologia e desconheciam pelo menos no
momento o nome de “larga escala”. Na primeira questão a resposta foi conheço sim Prova Brasil, Aneb e Saeb pela
professora Sandra Aparecida do 2º ano.
Professora Angela de Historia e Geografia tem conhecimento das avaliações comoo
Saeb, Prova Brasil, Aneb, Eja e
Avaliação Nacional de Alfabetização –Ana avaliações também conhecidas pela professora Maria Zilmar do 5º ano. A
professora Antonia Edna da sala do 1º ano respondeu que sim, as avaliações
externas que chegam até nós (escolas) no intuito de avaliar, classificar e
enumerar escolas e ainda correlacionar resultados com foco na aprendizagem e
que são elas Prova Brasil e Spaece em âmbito estadual. E a professora Maria
Jardelina, professora fundamental I e de
Inglês no fundamental II, descreveu que
a avaliação em larga escala é aquela que se faz com ampliação e determinação. É
um procedimento educacional que oferece espaço externo aos professores com o
objetivo de diagnosticar o educando na sala de aula. Muito embora esta
avaliação pode ser diferenciada quando se torna padronizada na forma de avaliar
diversos números de pessoas como professores, diretores, coordenadores, nos
vestibulares (ENEM) e tudo que está ligado a educação.
O que se percebe é que realmente
conhecem as avaliações, mas apenas três professoras mostram seu maior
conhecimento quando se atentam também para
as medidas de indicadores de aprendizagem dos alunos e análises que
deverão ser produzidas pelos educadores.
Na questão que se pede o conhecimento
na metodologia utilizada nas avaliações as professoras Sandra Aparecida e Maria Zilmar 2º e 5º ano, salas que são
avaliadas pelo Spaece todos os anos, tem a mesma opinião que a metodologia é
a Leitura e interpretação e
produção de textos e situações
problemas. Para a professora Edna do 1º ano, no contexto geral a avaliação vem
para analisar a aplicabilidade dos “eixos” principalmente “Leitura e escrita”,
partindo dos resultados poderá haver um estudo de melhora nas práticas
pedagógicas de cada docente. E a Maria
Jardelina acredita que sejam métodos de investigação do conhecimento aplicado
na sala de aula por cada disciplina oferecida ao alunado da instituição, pois a
função desta metodologia é assegurar a qualidade da educação fortalecendo assim
o direito do saber de cada um. E a supervisora Maria do Socorro diz que são
análises comparativos que indicam a evolução do rendimento escolar,
Contribuindo para a melhoria das ações pedagógicas. Diz ainda que a metodologia
consiste na apropriação dos resultados da avaliação externa e utilização dos
dados como subsídios para as práticas pedagógicas e está estruturada nas fases
diagnósticas e somativa que permitem examinar a evolução do rendimento escolar
de cada aluno. Para Angela há possibilidades de criação de procedimentos que
possa oferecer indicadores que possibilitem a compreensão de todos os fatores
que estão presentes no desempenho dos alunos nas séries e disciplinas
avaliadas.
A discussão da avaliação na educação básica
tem sido feita, pela busca de informações produzidas pelo sistema de avaliação
externa em larga escala, centralizada e com foco no rendimento do aluno e no
desempenho dos sistemas de ensino. O que não foi esquecido pelos entrevistados
que o objetivo é medir competências e habilidades e níveis de aprendizagem
estabelecidos e que a partir desses resultados exista uma elaboração de
intervenções pedagógicas necessárias a melhoria da qualidade do ensino.
Na contribuição dessas avaliações em sala de
aula é importante para a reflexão sobre as práticas pedagógicas e a
aprendizagem dos alunos segundo as professoras Sandra e Zilmar. Edna diz que sim pois o aluno se
familiariza com este tipo de prova e com os resultados em mãos o professor
estará sempre em busca de novas ações para o seu melhoramento e
consequentemente os resultados de cada ano. O professor conhece melhor o
desempenho acadêmico de cada aluno e melhora sua prática pedagógica disse a
supervisora Maria Socorro. E para Maria Jardelina é através da avaliação que se
pode acompanhar o desenvolvimento do aluno, pois avaliação oferece subsídios para que se possa
tomar decisões mais adequadas e melhorar seu trabalho, obtendo assim melhores
resultados de ambas as partes. A realidade da comunidade escolar pode ser
compreendida na busca da construção da aprendizagem na opinião da professora
Angela, que diz ainda que essas informações
podem ser levadas para o cotidiano da sala de aula.
Importante observar que nenhuma entrevistada tenha visto a avaliação
como forma de pressão e sim como forma de melhoria da educação, estão
conscientes da reflexão sobre prática pedagógica adotada por todos e que pode se preciso ser revista de acordo com
determinados resultados.
Quando se perguntou se os resultados dessas avaliações em larga escala
ajuda o aluno as professoras Sandra e Zilmar disseram que sim, é uma ferramenta
que leva o aluno a uma aprendizagem com mais fluência tanto nas produções
textuais como na interpretação cm muito mais coerência e se tornando formadores
de suas próprias opiniões. A professora Edna ver um grande interesse dos alunos
na realização dessas avaliações e são eles os primeiros a perguntarem como foi
o resultado, percebe-se isso nos próprios simulados que escola desenvolve o
quanto eles se esforçam e buscam saber o que não acertou pra não errar na
próxima avaliação. E o aluno é levado a desenvolver melhor suas habilidades
complementou Maria Socorro. Para Maria Jardelina uma vez que os resultados são
destinados a melhoria do ensino e do aluno, é certo que existe um favorecimento
de acordo com que o mesmo tenha construído ou venha a construir favorece ao
Ideb e ao próprio aluno na s avaliações internas nas avaliações externas.
Angela defende que ajudam ao aluno por oferecerem subsídios, monitoramento e
programas de intervenções às necessidades diagnósticas nas áreas de ensino
avaliado.
As avaliações em larga escala tem uma grande importância, são mudanças
que exigem novos olhares, mas que devem ter um propósito como já foi
mencionado, deve ter um fundamento para que possa de verdade contribuir para a
melhoria do ensino. As avaliações nacionais
tanto podem ser um instrumento para que as escolas, gestores e demais profissionais
repensem seu trabalho, quanto para se efetuar classificações que pouco
contribuem para a melhora da qualidade das escolas. Se a avaliação for
concebida apenas como mecanismo de controle ou se for ignorada, seja pelos
professores, pelos gestores ou pelos responsáveis pela formação de docentes, pouco
contribui para a melhora do ensino (SOUSA, 2003).
Seus resultados devem ser divulgados com
propósitos de melhoria, com bastante incentivo e com uma grande participação de
todos os envolvidos no processo educacional, seja ela avaliadora do rendimento
aluno, do professor ou da própria
instituição escolar. Deve-se buscar saberes, superações e qualidades. Sem um processo de reflexão encima dos
resultados a avaliação de nada servirá como agente transformadora e totalmente
sem influencia nas políticas educacionais. O mais importante é lembrar que a
verdadeira transformação começa em cada um de nós.
Edneuda